Empresa desenvolve sistema de câmbio automático para bicicletas

Sistema Bioshift, compatível com grupos eletrônicos da Shimano, permite selecionar a melhor relação de transmissão sem a intervenção do ciclista


Em um seleto nicho de mercado da fabricação de transmissão para bicicletas, uma pequena empresa norte-americana ganhou destaque criar um sistema de transmissão automática, compatível com os novos grupos eletrônicos da marca japonesa Shimano.

Uma transmissão para bicicleta necessita, para cumprir bem sua função, ser precisa e rápida na troca de marchas. Além disso, no ambiente de competições, uma troca errada de marcha realizada pelo atleta pode significar a perda de uma ou mais posições.

Com isto em mente, a Baron Biosystems, uma empresa baseada no estado do Texas, Estados Unidos, desenvolveu o Bioshift, um sistema de troca automatizada de marchas, capaz de estabelecer eletronicamente qual a melhor relação a ser utilizada e selecioná-la sem a intervenção do ciclista.

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O Bioshift utiliza dados coletados por um sensor de cadência e velocidade, além de um potenciômetro localizado na roda traseira para, através de um complexo algorítimo, determinar qual a melhor relação, aumentando assim a eficiência da pedalada e evitando situações onde o cansaço ou uma possível distração do ciclista faça com que o mesmo utilize uma relação errada ou cruzada (pinhão maior do cassete com a coroa grande ou vice-versa).


O sistema utiliza o protocolo de transmissão de dados ANT+ para comunicar-se com os sensores de velocidade/cadência e potenciômetro. Já a interface entre o Bioshift e os câmbios eletrônicos Di2, da marca japonesa Shimano, é realizada através dos cabos elétricos. Uma unidade de comando instalada no guidão comanda a operação e informa, através de uma tela de LCD, dados sobre a relação utilizada e a potência, em watts, da pedalada.

O sistema de transmissão automática Bioshift utiliza 4 modos de utilização pré-programados:

Potência fixa – Neste modo, o ciclista determina a potência de trabalho da pedalada e o sistema determina a melhor relação. Indicado para treinos de força.

Potência máxima – O ciclista determina uma carga máxima, em watts a não ser ultrapassada. Todas as vezes que a força do ciclista atingir este pico, a relação torna-se mais leve, impedindo que a marca seja superada. Indicado para treinos de recuperação.

RPM fixa – Neste modo, o Bioshift mantém a rotação das pedaladas em uma única cadência, trocando as marchas automaticamente nas subidas e descidas.

Frequência cardíaca fixa – O ciclista pré-determina a frequência cardíaca de trabalho e o sistema encarrega-se de otimizar as marchas e manter os batimentos na zona de trabalho.

Ainda em fase de protótipo, o Bioshift não tem data para ser comercialmente lançado. De fato, trata-se de um produto conceitual, que a Baron Biosystems procura por parceiros que possam eventualmente se interessar por produzi-lo.

Fonte:http://mtbbrasilia.com.br